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As vendas dos veículos novos chegaram a crescer 9,2% em 2017, para 2,239 milhões de unidades, após quatro anos seguidos de retração, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Pela primeira vez desde 2012, a variação das vendas de novos foi superior à do mercado de usados, que cresceu um pouco mais de 6%, de acordo com a associação.

Só no mês de dezembro, as vendas de novos cresceram 4,1% em relação a igual mês do ano anterior, para 212,6 mil unidades. O volume, se comparado ao mês de novembro, apresentou variação igual, com expansão de 4,1%. Por segmento, as vendas dos chamados veículos leves, que somam os automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do mercado total, tiveram alta de 9,4% em 2017 ante 2016, para 2,175 milhões de unidades. Em dezembro, os emplacamentos registraram 205,3 mil unidades, alta de 3,1% em relação a igual mês do ano anterior e de 3,9% na comparação com novembro.

Entre os pesados, a venda de caminhões terminou 2017 com leve crescimento de 2,7%, para 51,9 mil unidades. Em dezembro, foram 6 mil unidades vendidas, avanço de 36,5% ante igual mês de 2016 e de 11% em relação a novembro.

No caso dos ônibus, os emplacamentos somaram 11,7 mil unidades em 2017, expansão de 5,3% em relação a 2016. Em dezembro, foram 1,2 mil unidades vendidas, alta de 83,3% em relação a igual mês do ano anterior e avanço de 12,4% em relação a novembro.

Exportações

As exportações em valores de veículos e máquinas agrícolas somaram US$ 15,851 bilhões em 2017, alta de 48,6% em relação a 2016, mostram dados divulgados pela Anfavea, associação que representa as montadoras.

Em dezembro, as exportações atingiram US$ 1,308 bilhão, avanço de 40,3% na comparação com dezembro de 2016, mas queda de 8,1% ante novembro.

No último mês do ano, foram exportadas 61,1 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 2,6% na comparação com dezembro do ano anterior e de 16,3% ante novembro. Em 2017, houve avanço de 46,5% sobre 2016, para 762 mil unidades, recorde histórico do setor.

Produção de veículos

A produção de veículos no Brasil voltou a crescer em 2017, depois de três anos seguidos de retração. Foram 2,7 milhões de unidades fabricadas no ano passado, expansão de 25,2% em relação ao volume alcançado em 2016, segundo balanço divulgado pela Anfavea. O avanço, além de ter contado com o crescimento das vendas ao consumidor brasileiro, foi impulsionado pelo expressivo aumento das exportações, que, em unidades, atingiram nível recorde. Foram 762 mil veículos ao exterior em 2017, alta de 46,5% em relação ao ano anterior.

Com isso, as exportações passaram a representar 28% da produção das montadoras em 2017, relevância que não se via desde 2005, quando a participação ficou em 30%. Nesse intervalo, as vendas ao exterior perderam importância porque o mercado interno não parava de crescer.

Até que veio a crise econômica em 2015 e as montadoras instaladas no Brasil voltaram a dar mais atenção a seus clientes de outros países. O principal destino continua sendo a Argentina, que concentra 70% das exportações.

Apesar da produção ter voltado a subir em 2017, os níveis ainda estão longe do auge do setor, alcançado em 2013, quando 3,7 milhões de unidades saíram das fábricas, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.

Em dezembro a produção também cresceu. As montadoras produziram um total de 213,7 mil unidades no último mês do ano, avanço de 6,9% em relação a igual mês de 2016, mas queda de 14,2% na comparação com novembro.

Na soma dos últimos três meses de 2017, a produção foi de 712,7 mil unidades, alta de 20,5% em relação a igual trimestre de 2016, mas contração de 1,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.

A fabricação dos chamados veículos leves, que somam os segmentos de automóveis e comerciais leves e representam mais de 90% do setor, atingiu 2,6 milhões de unidades em 2017. O volume representa crescimento de 25% em relação a 2016.

Só em dezembro, a produção alcançou 204,9 unidades, avanço de 5,2% ante igual mês do ano anterior, mas baixa de 14,3% na comparação com novembro.

Entre os pesados, a produção de caminhões somou 82,8 mil unidades no ano passado, aumento de 37% sobre o desempenho de 2016. No último mês, foram 7,4 mil unidades produzidas, avanço de 81,3% ante igual mês do ano anterior, mas recuo de 8,9% em relação a novembro.

No caso dos ônibus, as fabricantes produziram 20,6 mil unidades em 2017, crescimento de 10,5% ante 2016. Em dezembro, foram 1,3 mil unidades produzidas, expansão de 35,9% sobre o desempenho de igual mês do ano anterior, mas retração de 20,6% na comparação com novembro.

Emprego

Com o aumento da produção em todos os segmentos, as montadoras voltaram a contratar mão-de-obra, depois de três anos seguidos em que o saldo foi de demissões. Em 2017, as fabricantes criaram 5.518 vagas de emprego.

Só em dezembro, foram 141 novos funcionários contratados. Entre 2014 e 2016, haviam sido fechados mais de 35 mil postos de trabalho. Hoje, o setor conta com 126,6 mil trabalhadores no Brasil, 4,6% a mais que no fim de 2016.

A Anfavea estima crescimento de 13,2% na produção de veículos em 2018, para 3,05 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Se o resultado se confirmar, o setor voltaria à casa dos 3 milhões, algo que não ocorre desde 2014.

Em 2018

Nas vendas para o mercado interno, a associação aposta em expansão de 11,7%, para 2,5 milhões de unidades. A expectativa é muito próxima da projeção da entidade que representa as concessionárias, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que fala em avanço de 11,8%.

Para as exportações, a Anfavea acredita em novo recorde. As vendas ao exterior, que atingiram máxima histórica em 2017, devem crescer 5% em 2018 na previsão da associação, para 800 mil unidades.

As vendas internas de máquinas agrícolas, por sua vez, devem subir 3,7%, para 46 mil unidades. As projeções para exportação são de avanço de 9,9%, para 15,5 mil unidades. A estimativa para produção é de 61,5 mil unidades em 2018, crescimento de 11,8% em relação a 2017.

Fonte: http://www.mauronegruni.com.br/