fbpx

Vários setores tiveram queda no faturamento com o abalo político-econômico, nos primeiros oito meses do ano, mas o setor de autopeças resistiu a toda essa pressão e cresceu quase que sozinho.

A crise econômica passa longe de uma rede de lojas de autopeças em São Paulo. As vendas aumentaram 20% este ano. A rede abriu loja no ano passado e vai abrir outra no ano que vem. Pretende contratar mais 200 funcionários em 2018.

O consumidor não tem renda nem crédito para comprar carro novo, por isso, o jeito é fazer a manutenção do usado. A crise tem dado um empurrãozinho na venda de lojas que negociam peças de automóveis. Segundo levantamento feito pela Associação Comercial de São Paulo, esse setor foi o único que teve resultado positivo, no varejo, nos oito primeiros meses deste ano em relação a 2015.

O setor de autopeças cresceu 3%. Já as vendas das concessionárias de veículos caíram 10,3% nesse mesmo período. As lojas de veículos, móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos são as que mais têm sentido a crise. São produtos de valor maior e que dependem de financiamento.

“O crédito escasso, juro alto, os prazos de financiamento mais curtos e, principalmente, uma certa insegurança de quem está empregado para assumir um compromisso de prazo mais longo, ele precisa ter uma confiança nos próximos meses”, fala o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo.